Dia Mundial de Combate à AIDS: a informação pode mudar vidas!

01 de dezembro de 2022 - 15:24

38,4 milhões: esse é o número de pessoas que, de acordo com a UNAIDS (Programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), viviam com o HIV no final de 2021. O vírus pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que debilita as defesas do nosso corpo. Embora o vírus seja conhecido há décadas, pessoas vivendo com HIV ainda sofrem com mitos e preconceitos acerca do vírus e seus efeitos no corpo. Entretanto, com informação e os cuidados médicos adequados, sua qualidade de vida aumenta consideravelmente.

O que é HIV? Qual é a diferença entre ele e a AIDS?

Primeiramente, é importante diferenciar o HIV e a AIDS. O HIV é um vírus que afeta e destrói as células CD4 ou T, específicas do sistema imunológico. Ao contrário de outras infecções virais, o corpo não consegue combater o HIV. Portanto, após a contaminação, o indivíduo vive com ele para o resto da vida.

Quando as células são destruídas, o HIV leva a AIDS – síndrome clínica em que o organismo se torna incapaz de lutar contra outras doenças, o que constitui o estágio mais avançado da infecção. Por conta disso, pacientes diagnosticados com AIDS podem sofrer mais intensamente os efeitos de doenças que surgem nesse momento de debilidade do organismo, que podem levar à morte.

Quais são os sintomas e as formas de infecção por HIV?

O HIV pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas e outros objetos perfurantes com pessoas soropositivas, e durante a gravidez e a amamentação, nos casos em que a mãe está infectada e não se tomam as devidas medidas preventivas. É importante reforçar que um aperto de mãos ou a convivência próxima no dia a dia com uma pessoa vivendo com o HIV, por exemplo, não são capazes de transmitir a doença.

Após a infecção, o HIV pode passar por até três estágios. O primeiro é o da infecção aguda, que ocorre 2 a 4 semanas após a exposição. É também a fase mais contagiosa, porque o vírus está se multiplicando no organismo.

Podem ser vistos sintomas como:

  • Febre
  • Aumento dos gânglios linfáticos
  • Garganta inflamada
  • Erupção cutânea / assadura
  • Emagrecimento
  • Diarreia
  • Cansaço

 Como são sintomas comuns a outras doenças, a infecção por HIV pode passar despercebida. Por isso, caso haja suspeita de infecção, uma das primeiras providências a ser tomadas é fazer um teste de HIV, a única maneira de confirmar esse diagnóstico.

Em seguida, o vírus passa por uma fase de latência: o HIV está ativo, mas se reproduzindo mais lentamente, então a pessoa pode não manifestar sintomas por vários anos. Ela pode ser prolongada com o tratamento correto, evitando a evolução para um quadro de AIDS.  Nessa fase, as celulas de defesa do corpo diminuem lentamente.

Na terceira fase da doença, se a pessoa não fizer tratamento pode evoluir para a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). A pessoa com AIDS fica com a defesa do corpo muito fraca e pode ter alguns sintomas como:

  • Perda de peso grande;
  • Doenças oportunistas como tuberculose, pneumonia, alguns tumores, dentre outras.  As doenças oportunistas são aquelas que aparecem por causa do HIV. 

Terapia antirretroviral: entenda como o tratamento impacta a vida de quem vive com o HIV

Embora ainda não haja a cura para a AIDS, a terapia antirretroviral (ART) mudou o jogo para aqueles que vivem com o HIV. O tratamento pode prevenir a progressão da infecção e reduzir as chances de transmissão da doença.

Como resultado, quando a terapia começa nos estágios iniciais da infecção por HIV, a pessoa diagnosticada pode viver praticamente tanto quanto alguém que não foi infectado. Por isso, fazer o teste de HIV é ainda mais importante para um diagnóstico rápido e preciso!  

Prevenção:

Para evitar a transmissão da AIDS, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis, o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão. Além disso, as mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.  

Equidade já: combater preconceitos e desigualdades para o bem-estar de quem vive com o HIV

A conscientização sobre o HIV e a AIDS ainda é muito relevante, como nos lembra a celebração do Dia Mundial de Combate à  AIDS. O tema escolhido para 2022 é “equidade já”, que busca quebrar preconceitos e mobilizar a população contra as desigualdades sociais que impedem o progresso para acabar com a síndrome em todo o mundo. Esse cenário afeta principalmente o acesso à profilaxia e tratamento da infecção por HIV ainda em seu estágio inicial, prejudicando o bem-estar de quem vive com o vírus. Informe-se e faça sua parte pela mudança!

 

Fontes:

 

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