Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: doença crônica, uma questão de saúde coletiva

Se olhar no espelho, subir na balança, ir ao médico, frequentar espaços públicos ou simplesmente comer. São ações que podem parecer simples ou descomplicadas para alguns, mas nem todo mundo vive essa mesma realidade. A obesidade é um problema crônico presente na vida de um em cada quatro brasileiros, o equivalente a 41 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde realizada em 2019.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a obesidade como uma das maiores questões de saúde pública e estima que, até 2025, existirão 700 milhões de pessoas obesas no mundo.

Por isso, datas como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, celebrado em 11 de outubro, são necessárias para abordarmos este assunto tão urgente, conscientizando sobre o tema e buscando melhorias na qualidade de vida das pessoas.

Obesidade para além da questão do peso

A obesidade causa acúmulo de gordura no corpo e tende a se agravar conforme o envelhecimento. Pode trazer problemas de saúde como diabetes, asma, gordura no fígado, doenças cardiovasculares e até mesmo risco de câncer.

A qualidade de vida das pessoas obesas também tende a ser impactada, mas esta condição não pode ser pautada por uma simples definição e nem vista como um problema individual. A obesidade é um fator coletivo e de saúde pública, que deve ser tratado com políticas de saúde integrais e acessíveis.

Tão fundamental quanto prevenirmos a obesidade é a sua conscientização, para desmistificar a ideia de que o ganho de peso é uma culpa que deve ser carregada pelo indivíduo. A obesidade não é causada exclusivamente por questões nutricionais, mas também por razões genéticas, psicológicas ou comportamentais.

Desafios e estigmas relacionados à obesidade

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade é um momento importante para falarmos sobre a gordofobia e nos atentarmos para a reprodução de preconceitos. É necessário entendermos que os hábitos das pessoas são influenciados por aspectos da sociedade, como a falta de tempo para lazer e cuidados pessoais.

Num primeiro olhar, esses comportamentos podem até não parecer relacionados, mas afetam diretamente a alimentação, já que muitos não têm a chance de se dedicar ao preparo das próprias refeições, optando por comer em restaurantes ou consumir em redes de fast food.

Assim, cuidar do próprio corpo e do cardápio diário não são condições básicas da vida atual, dificultando que a hora das refeições seja vista como um momento de prazer e calma.

Pelo contrário, com a pressa da rotina, a alimentação é vista como um obstáculo. Por falta de alternativas, muitas pessoas optam pelo caminho mais fácil, que nem sempre é o mais nutritivo. É válido ressaltar que quem é obeso não deve ser culpabilizado, mas sim ouvido e acolhido.

Como prevenir e ser um aliado na causa

Conceitos relacionados a uma boa alimentação e a montagem de um cardápio nutritivo devem ser ensinados ainda na infância e reforçados ao longo da vida. Pessoas de todas as faixas de peso podem ficar doentes, mas pessoas obesas estão mais propensas a desenvolverem alguns tipos de comorbidades. Por isso, é indicado conciliar a prática de atividades físicas com a realização de exames periódicos e uma alimentação balanceada.

Nem todo aumento de peso acontece por falta de disciplina, portanto, o preconceito direcionado às pessoas obesas é uma prática cruel e nociva. Ao invés disso, quem tem obesidade deve ser estimulado a cuidar da saúde, estar atento aos índices corporais e seguir se cuidando.

Por todas essas questões, o combate à obesidade precisa vir acompanhado de políticas de conscientização, bem como de informações sobre o impacto da obesidade não só para o corpo, mas também para a saúde mental.

Fontes:

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