Autismo. O transtorno que tem como símbolo a diversidade e a complexidade do quebra-cabeça.

 

No dia 2/4 foi celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo e o início do Abril Azul — mês de luta pelos que vivem com o transtorno. Criado pela Organização das Nações Unidas - ONU há 12 anos, o tema escolhido para 2019 é “Tecnologias assistivas, participação ativa”. O secretário geral da ONU, António Guterres, destacou: "no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, reafirmamos nosso compromisso de promover a plena participação de todas as pessoas com autismo e garantir que elas tenham o apoio necessário para que possam exercer seus direitos e liberdades fundamentais."

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) indica que, atualmente, a cada 160 crianças, uma tem o diagnóstico positivo para autismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 38,5 milhões de crianças de 0 a 13 anos. Ao aplicar o índice da Opas, dessas, cerca de 241 mil seriam autistas. A estimativa, contudo, é que o número seja ainda maior. Estudiosos acreditam que esse número pode chegar a 2 milhões de brasileiros

Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

Não se sabe completamente a causa do autismo ainda, pois é um transtorno multifatorial. Porém, estudos recentes têm demonstrado que fatores genéticos são os mais importantes na determinação de suas causas (estimados entre 70% a 90%).

A seguir, relacionamos alguns sinais de autismo. Apenas três deles presentes numa criança de um ano e meio já justificam uma suspeita para se consultar um médico neuropediatra ou um psiquiatra da infância e da juventude:

  • Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
  • Alinhar objetos;
  • Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
  • Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
  • Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
  • Não compartilhar seus interesses  e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Interesse restrito ou hiperfoco;
  • Não imitar;
  • Não brincar de faz-de-conta.

O Eletros-Saúde apoia e compartilha informações em prol da conscientização sobre o Abril Azul e o autismo, cujo símbolo é o quebra-cabeça, denotando a diversidade e complexidade do transtorno.

Fonte: Associação Brasileira de Pediatria e Revista Autismo

 

 

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